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T&D

14/02/2020 - 14h51

Estudo global lista medidas para gerir o impacto da automação digital na força de trabalho

81% das empresas precisam mudar ou melhorara aquisição de novas competências

 

 

Monitorar o nível de ansiedade dos colaboradores frente às novas habilidades demandadas pela hyperautomation – quando robôs ou softwares integram processos do negócio e tomam à frente de tarefas repetitivas –, é crucial para transformar e reter novos talentos, de acordo com o estudo The Future Of Work Is Still Being Written – But Who is Holding the Pen? (O Futuro do Trabalho Ainda está sendo Escrito – Mas Quem Segura a Caneta?), realizado pela Forrester Consulting para a UiPath, multinacional do segmento de RPA (Robotic Process Automation).

 

O estudo avalia como lideranças de grandes economias têm absorvido o impacto da automação na força de trabalho e, para isso, ouviu 270 executivos e tomadores de decisão de empresas de diferentes setores da economia de países como França, Alemanha, Reino Unido, Japão e Estados Unidos – mercados que vêm investindo significativamente na automação de processos.

 

Segundo a pesquisa, a maioria dos líderes consultados (66%) pretende elevar em pelo menos 5% os investimentos na tecnologia RPA só nos próximos 12 meses. A razão disso é a certeza de que o RPA contribui para o desenvolvimento de ambientes e equipes de trabalho mais competitivas, produtivas e engajadas na medida em que elimina tarefas repetitivas e menos estratégicas.

 

Mas o estudo revela que grande parte das organizações (81%) admite que precisa mudar ou melhorar processos de gestão para dar suporte aos colaboradores na aquisição das competências necessárias à era da hyperautomation e seguir nessa jornada.

 

Para ter uma ideia, 41% das lideranças disseram que os profissionais do seu time estão preocupados com o fato de que, talvez, suas habilidades digitais não correspondam às exigidas pelo trabalho do futuro e 53%, que sentem a equipe ameaçada. “Estamos vivendo um momento importante e sem precedentes no mercado. Por isso, nessa hora é preciso dialogar abertamente com as equipes e descobrir novas formas de democratizar a capacitação sobre a automação”, diz Guy Kirkwood, Chief Evangelist da UiPath.

 

Nesse sentido, a empresa lançou recentemente o UiPath Academy for Partners, um portal por meio do qual estende e compartilha com clientes e parceiros conhecimento, guias de soluções e diversos conteúdos sobre o RPA.

 

No Brasil, de acordo com a “Primeira pesquisa brasileira sobre o nível de maturidade da tecnologia RPA”, realizada pelo Instituto Information Management (setembro de 2019) envolvendo 223 empresas, cerca de 83% das empresas brasileiras usam ou pretendem usar RPA e 56% já o usam.

 

Conheça algumas iniciativas listadas no estudo para absorver os impactos da automação na força de trabalho:

 

  • Monitorar a ansiedade do time - É verdade que nem todos os colaboradores embarcarão na jornada digital. Porém, ouvir e tentar entender a ansiedade e o nível de satisfação do time frente aos desafios da automação pode ajudar a desenvolver diferentes abordagens para cada grupo de colaborador. É isso o que vem fazendo pelo menos 63% dos respondentes da pesquisa.

 

  • Desenvolver programas inovadores para a educação no trabalho - Para ajudar os profissionais no desenvolvimento de novas competências digitais, algumas organizações têm promovido certificações digitais internas, com o apoio de parceiros especializados, como forma de aprimorar o conhecimento em automação. Segundo o estudo, 58%  pensam em fornecer esse tipo de certificação na própria empresa.

 

  • Atualizar a tecnologia frequentemente Para 64% das empresas consultadas, manter os recursos tecnológicos em constante atualização, conforme as demandas do mercado, pode ajudar os profissionais a se sentirem mais satisfeitos e realizados no trabalho e mais qualificados para os desafios corporativos do futuro.

 

  • Planejar uma nova estrutura de recrutamento e retenção dos talentos - Segundo o estudo, a força de trabalho do futuro será uma mistura de colaboradores com e sem vínculos formais com a empresa, e que transitarão entre funções mais livremente que nunca. É preciso estar estruturado para a uma nova gestão de RH, que não será tão focada no “talento próprio”.

 

Imagem: Geralt/Pixabay