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Pandemia

16/07/2020 - 16h15

Founders e líderes revelam os reflexos da crise causada pela Covid-19 nas startups brasileiras

Pesquisa mostra o que os empreendedores estão fazendo e o que esperam para o futuro dos negócios

 

A crise ocasionada por conta do novo coronavírus tem afetado todas as esferas econômicas globais. Para entender melhor os seus reflexos nas startups brasileiras, a On The Go, plataforma de pesquisa via chatbots para coleta de dados, e a venture capital Bossa Nova realizaram a pesquisa Impacto da pandemia no dia a dia das startups.

 

Na amostra com 60 fundadores e líderes de 15 diferentes segmentos de atuação, os entrevistados analisaram questões que envolvem desde a influência do novo coronavírus nas demissões e reestruturações de equipes, os principais desafios dos líderes e a readaptação de novos modelos de negócio para o futuro.

 

Estruturada entre perguntas fechadas e abertas, a pesquisa revelou que a maioria das equipes foi preservada – 67% –, 26% tiveram de fazer algumas demissões e 7% realizaram muitos cortes no período.

 

Entre os que precisaram desligar profissionais, a maior causa foi a redução de custos, liderando com 77%. Em seguida vieram: reestruturação de equipe, 44%; a função se tornou obsoleta, com 22%; mudança nas metas da empresa, 12% e 11% responderam que a área foi reduzida ou extinguida.

 

Também foi constatado que o cenário de pandemia fez a maioria dos empreendedores repensar suas metas, totalizando 67%; 18% afirmaram que continuam com as mesmas metas; e 15% estão avaliando o que fazer, visto a incerteza do mercado.

 

No entanto, mesmo com a crise, a confiança no sucesso ainda é alta: 30% acreditam extremamente que alcançarão seus objetivos em 2020; 48%, razoavelmente; 19%, pouco; e apenas 4% não acreditam.

 

Quando questionados sobre o modelo de home office, 48% dos entrevistados afirmaram que alguns colaboradores já trabalhavam nesse formato antes da pandemia; 22% afirmaram que toda a equipe já atuava com teletrabalho; 19% não tinham colaboradores em trabalho remoto; e 11% mantinham a maioria da equipe em casa. Além disso, a maior parte dos founders acredita que esse modelo tende se tornar mais popular no pós-pandemia, sendo que 81% afirmam que vão utilizar esse modelo mais constantemente; 14% disseram que será da mesma maneira que antes da quarentena; e apenas 5% avaliaram que menos pessoas vão optar por trabalhar em casa.

 

Outro ponto importante levantado revela como os líderes estão lidando com a pandemia e o que fazem para reestruturar seus negócios. Conquistar novos clientes é o principal desafio para 89% dos entrevistados. Em seguida vem: 63% visam organizar os processos; 52% buscam motivar a equipe; expandir a empresa representou 48%; sobreviver à crise, com 28%; e, por fim, 22% buscam captar investimentos.

 

De acordo com João Calixto, founder e CEO da On The Go, a pesquisa revela apenas um percentual do que os empreendedores estão enfrentando em um momento tão delicado. Entretanto, os dados apontam desafios relevantes, que devem ser observados em todo o contexto empresarial.

 

“Esse tipo de pesquisa apresenta não apenas o que as startups estão enfrentando, mas também os desafios que devemos esperar para o futuro. Estamos contentes em utilizar todo nosso know-how para apresentar informações tão importantes ao mercado, abordando diferentes pessoas, de maneira natural e automatizada”, finaliza.

 

Imagem de abertura: Geralt/Pixabay