Notícia

Mercado de Trabalho

23/08/2019 - 14h39

Pelo quarto mês consecutivo, emprego formal cresceu no Brasil

No acumulado do ano, foram abertas mais de 461 mil novas vagas

Com a criação de 43.820 vagas em julho – 0,11% sobre junho –, o Brasil registrou, pelo quarto mês consecutivo, crescimento do trabalho com carteira assinada, de acordo com  dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta sexta-feira (23) pelo governo federal.

 

Também houve crescimento no emprego quando considerados os resultados dos sete primeiros meses do ano. De janeiro a julho foram abertas 461.411 vagas formais, variação de 1,20% sobre o estoque. Em 2018, no mesmo período, foram 448.263.

 

Nos últimos 12 meses, o saldo ficou positivo em 521.542 empregos, variação de +1,36%. Assim como no acumulado do ano, os últimos 12 meses tiveram crescimento maior do que no período anterior. Em 2018, o saldo tinha ficado positivo em 286.121 vagas.

 

“O mercado de trabalho tem apresentado sinais de recuperação gradual, em consonância com o desempenho da economia. O governo vem adotando medidas de impacto estrutural e esperamos reflexos positivos no mercado de trabalho, na medida do aprofundamento das reformas”, diz Bruno Dalcolmo, secretário de Trabalho do Ministério da Economia.

 

Emprego x Setor econômico

Dos oito setores econômicos, sete contrataram mais do que demitiram em julho.

 

O saldo ficou positivo na Construção Civil, Serviços, Indústria de Transformação, Comércio, Agropecuária, Extrativa Mineral e Serviços Industriais de Utilidade Pública. Apenas Administração Pública descreveu saldo negativo.

 

Principal destaque do mês, a Construção Civil abriu 18.721 novos postos de trabalho. Já o setor de Serviços fechou o mês com saldo de 8.948 novas vagas, principalmente devido à comercialização e administração de imóveis; serviços médicos, odontológicos e veterinários; e instituições de crédito, seguros e capitalização.

 

Em terceiro lugar, a Indústria de Transformação teve acréscimo de 5.391 vagas formais, resultado devido principalmente à indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico; indústria mecânica; e indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria.

 

Desempenho regional

Todas as regiões do Brasil tiveram crescimento no mercado formal de trabalho em julho. O maior saldo foi na região Sudeste, com crescimento de 0,12%. Em seguida, vêm Centro-Oeste (9.940 postos, 0,30%); Norte (7.091 postos, 0,39%); Nordeste (2.582 postos, 0,04%) e Sul (356 postos, 0,00%).

 

Das 27 unidades da federação, 20 terminaram julho com saldo positivo. A maior parte das vagas foi aberta em São Paulo, onde foram criados 20.204 postos de trabalho; Minas Gerais, com 10.609 novas vagas, e Mato Grosso, que teve saldo positivo de 4.169 postos.

 

Os piores resultados foram Espírito Santo, onde foram fechadas 4.117 vagas, Rio Grande do Sul, com 3.648 postos a menos e Rio de Janeiro, que fechou julho com saldo negativo de 2.845 postos.

 

Formas alternativas

Do saldo total de julho, 6.286 vagas foram geradas dentro dos modelos alternativos de trabalho, contemplados na reforma trabalhista. Elas representam 14,34% do total.

 

A maior parte desses empregos veio na modalidade intermitente, que teve saldo de 5.546 postos, principalmente em ocupações como alimentador de linha de produção, servente de obras e faxineiro.

 

Na categoria de trabalho em regime de tempo parcial, foram 740 vagas, em ocupações como faxineiro, auxiliar de escritório e operador de caixa.

 

Foto: Fotos Públicas|Valdecir Galor-SMCS