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Jovens Profissionais

20/11/2019 - 14h42

Jovens brasileiros estão confiantes em relação ao futuro, de acordo com pesquisa

Estudo da Deloitte mostra os anseios e apreensões de pessoas entre 25 e 36 anos

 

Apesar de o país viver um período complexo e desafiador, mais da metade dos 301 jovens brasileiros nascidos de 1983 a 1994, que participaram da pesquisa Millennials Survey 2019, da Deloitte, está confiante de que haverá uma melhora do cenário para o próximo ano. Ao todo, o relatório contou com a participação de 13.416 jovens de 42 países.

 

Em relação à economia nos próximos meses, 56% estão muito confiantes de que haverá melhora; já quanto às situações política e social, o índice cai para 51%. Quando olhamos para os dados globais, há uma disparidade, pois os números caem para 26% e 22%, respectivamente.

 

“A leitura que fazemos dessa diferença é a maturidade de cada mercado. Os jovens brasileiros estão vivenciando um momento pelo qual jovens de nações mais desenvolvidas já passaram. Por isso, essas visões tão diferentes”, explica Luiz Barosa, sócio da área de Consultoria em Capital Humano da Deloitte.

 

Para 61% dos entrevistados brasileiros, hoje há muito menos barreiras para alcançar suas ambições profissionais e 70% acham viável conquistar bons salários. Ainda dentro desse espectro, 84% acreditam que metas como abrir a própria empresa e comprar uma casa são totalmente tangíveis. No que diz respeito a sonhos, o relatório nacional destaca que 70% têm vontade de viajar e conhecer o mundo e 79% acreditam que poderão contribuir para causar um impacto positivo à sociedade.

 

O relatório também mostra as principais preocupações dos jovens. Entre os brasileiros, 37% se preocupam com segurança pessoal e o desemprego no país e 30% veem a desigualdade de renda como fator a se preocupar. No entanto, o quesito corrupção, que mais preocupava os brasileiros na pesquisa anterior, caiu para quarto lugar, com 25% das respostas.

 

Revolução 4.0

A Indústria 4.0 se estende muito além dos limites da tecnologia, que é tipicamente onde muitas explorações do fenômeno começam e terminam. Esse fenômeno abarca todo o ecossistema de parceiros, fornecedores, clientes, força de trabalho e mudanças operacionais, ou seja, trata-se de uma transformação completa das empresas,  sobre como elas lidam com a informação, alcançam a excelência operacional, contratam pessoas e influenciam a experiência do cliente. E para que essa mudança se torne realidade, é preciso ter indivíduos que a liderem. O estudo mostra que os jovens já passam a olhar e se inserir no mercado de trabalho dentro desta nova ordem: no Brasil, 53% dos participantes da pesquisa acreditam que a indústria 4.0 torna mais desafiadora a busca por empregos no futuro. No entanto, 90% daqueles que estão trabalhando e 72% dos que não estão trabalhando acreditam ter as habilidades necessárias para atuar nessa nova realidade.

 

Gig Economy

Quanto ao que se refere à gig economy, também conhecida como “economia freelancer”, ou seja, o ambiente que engloba tanto trabalhadores temporários e sem vínculos empregatícios quanto empresas que contratam esses profissionais para realizar tarefas pontuais, a esmagadora maioria dos brasileiros, 90%, consideram fazer parte dessa economia. O dado global é próximo, de 84%.

 

“Isso mostra como os jovens brasileiros, assim como aqueles que vivem em outros países possuem valores e percepções de carreira e futuro diferentes das gerações anteriores. Outro dado que comprova este cenário é que 49% dos participantes globais da pesquisa responderam que pretendem ficar na atual empresa em que trabalham até dois anos”, avalia Heloisa Montes, sócia da área de Consultoria Empresarial e líder da área de Estratégia e Operações da Deloitte.

 

Comportamento digital e bem-estar

O relatório traz também dados importantes sobre o comportamento na era digital e o bem-estar dessa geração. Segundo os participantes, as mudanças nas tecnologias os afetaram mais e os dados mostram como o uso das redes sociais impactam no seu cotidiano. A mostra nacional relata que:

 

  • 63% acreditam que seriam fisicamente mais saudáveis se reduzissem o tempo gasto nas redes sociais;
  • 65% dizem que seriam pessoas mais felizes se diminuíssem o tempo gasto nas mídias sociais;
  • 53% acham que, no geral, as redes sociais são mais prejudiciais do que fazem bem;
  • 54% ficariam ansiosos se não pudessem checar as redes sociais por um ou dois dias;
  • 39% gostariam de parar de usar completamente as redes sociais.

 

Foto: Annie Spratt/Unplash