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17/03/2022 - 17h54

Mais da metade das mulheres já sofreu algum tipo de assédio no mercado de trabalho

Pesquisa da empresa Infojobs ouviu mais de 1.600 mulheres identificadas com o gênero feminino

 

 

O Dia Internacional da Mulher já passou, mas nunca expira o prazo para divulgar informações que venham a contribuir contra o preconceito ainda existente. Uma pesquisa realizada pelo InfoJobs, empresa de tecnologia para RH revelou que 52% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio no mercado de trabalho. O levantamento, que ouviu 1.627 pessoas que se identificam com o gênero feminino, também revelou que 69% das entrevistadas acreditam não possuir as mesmas chances de conquistar uma oportunidade quando comparadas aos homens.

 

"Hoje em dia, as mulheres já têm mais liberdade para falar sobre assuntos como esses, porém, ainda existe um desconhecimento sobre as melhores formas de identificar e lidar com situações que envolvem assédio. Muitas vezes, a sensação de impotência faz com que as mulheres fiquem em silêncio ou prefiram dividir o ocorrido apenas com pessoas próximas", observa Ana Paula Prado, country manager do InfoJobs.

 

 

Entre os principais desafios enfrentados no mercado de trabalho por ser mulher, 31% destaca a dificuldade de conquistar uma oportunidade de emprego, 28% a dificuldade de conquistar reconhecimento e crescer profissionalmente e 16% o machismo presente na cultura das empresas.

 

A sobrecarga de trabalho feminina também aparece como um ponto de atenção, visto que 87% afirmam vivenciar a dupla jornada de trabalho, conciliando as atividades profissionais com o serviço doméstico. Dessas, 54% dizem que essa rotina impacta negativamente o rendimento e desenvolvimento no trabalho.

 

Quando o tema é licença-maternidade, mais de 85% das mulheres relataram que já sofreram ou acreditam que exista um preconceito relacionado ao tema. Para 75%, intensificar a licença-paternidade seria um passo para acabar com o preconceito e igualar as responsabilidades.

 

"Outro dado que chama a atenção é que na percepção de 88% das entrevistadas, mesmo que uma mulher seja qualificada para uma posição, enfrentará mais dificuldades que um homem. De modo que 63% já se sentiram prejudicadas em relação a uma oportunidade de crescimento devido a preconceitos sociais e internos relacionados a gênero", pontua Ana Paula.

 

Por fim, mesmo com o aumento da presença feminina no mercado, 66% das 1.627 participantes da pesquisa afirmaram que nunca trabalharam em uma empresa onde a quantidade de mulheres na liderança era maior que a de homens. Nesse cenário, 98% dizem que a promoção de outras mulheres na liderança ajuda a incentivar outras profissionais.

 

Foto: Freepik/phc.vector