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30/07/2021 - 17h53

Brasileiros priorizam desenvolvimento de carreira ao escolher um emprego

Estudo da Randstad mostra que a porcentagem é ainda maior entre as mulheres

 

 

Progressão na carreira é o fator mais importante para 77% dos trabalhadores brasileiros na hora de escolher um emprego, afirma o estudo Marca Empregadora, realizado pela Randstad, empresa de soluções em RH, com o objetivo de fornecer insights para ajudar líderes na construção de sua marca empregadora. Se considerado o recorte por gênero, a preferência sobe para 80% das mulheres entrevistadas.

 

Salários, benefícios e um ambiente de trabalho agradável aparecem empatados com 74% na segunda posição do ranking geral. A pesquisa realizada em fevereiro de 2021, traz um recorte do Brasil com 3770 ouvidas, dentro de uma amostra de 190 mil trabalhadores entrevistados em todo o mundo.
 

Ainda segundo a pesquisa, empresas que investem para se tornar uma marca empregadora têm chances de contratar até duas vezes mais rápido. Além disso, 50% dos candidatos dizem que não trabalhariam para uma empresa com má reputação e 80% dos líderes entrevistados concordam que uma marca empregadora forte tem um impacto significativo em sua capacidade de contratar.
 

"Pessoas trabalham para culturas, não para empresas. Logo, a reputação do empregador é muito importante", afirma Diogo Forghieri, diretor de RPO e MSP da Randstad e especialista em Marca Empregadora.
 

Embora a progressão na carreira, salários, benefícios e um ambiente de trabalho sejam os fatores mais importantes oferecidos por um empregador ideal, outros aspectos têm impacto na relação dos trabalhadores com as empresas. Gestão forte e treinamentos aparecem empatados em quarto e quinto lugares: 66% dos entrevistados no Brasil consideram esses aspectos importantes para escolher ou permanecer em um emprego.
 

Oferecer um ambiente de trabalho seguro em relação à Covid-19 também foi considerado bastante relevante para os entrevistados, ficando em 6º lugar no Brasil, com 65%, em um ranking com 16 posições contendo temas como seguro no emprego (59%), retribuição à sociedade (58%), diversidade e inclusão (57%) entre outros.

 

EFEITO POSITIVO DA PANDEMIA

A maneira como os empregadores no Brasil apoiaram seus funcionários e lidaram com a pandemia impactou positivamente: 75% dos colaboradores sentem-se agora mais leais aos seus empregadores por conta desses cuidados. Um bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional também se destacou, aparecendo em sétimo lugar com 64% no ranking geral. Ao fazer o recorte de gênero, 66% das mulheres com 25 anos ou mais e as de nível escolar médio e superior deram preferência a esse aspecto, frente a 62% dos homens abordados.
 

Diogo enfatiza que, para se tornarem mais atraentes aos profissionais, as empresas devem identificar as lacunas entre o que os funcionários desejam e o que elas oferecem, aumentando a retenção de talentos. No Brasil, por exemplo, 29% dos 3.770 entrevistados pretendiam mudar de emprego no primeiro semestre de 2021, sendo que mulheres e pessoas com 18 a 24 anos têm uma probabilidade maior de planejar a mudança, 31% e 32%, respectivamente.

 

“Entender o que as pessoas querem, pode fazer toda a diferença. Mais do que diminuir a rotatividade ou aprimorar o desempenho, é preciso encarar os talentos como peças fundamentais para a construção da marca da empresa, é um caminho importante para a perenidade e sucesso dos negócios", conclui o executivo.
 

Foto: Geralt/Pixabay