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19/08/2020 - 11h51

Pesquisa aponta os benefícios desejados pelos profissionais pré e pós-pandemia

Para 80%, home office deixa de ser um benefício para se tornar uma alternativa de trabalho

 

As relações de trabalho foram diretamente influenciadas pela pandemia da Covid-19, que modificou a percepção de colaboradores em relação aos benefícios oferecidos pelas empresas em que trabalham ou visam trabalhar. De acordo com pesquisa da Robert Half, realizada de 20 a 31 de julho, com 620 profissionais brasileiros, a maioria dos entrevistados (86%) concorda que seria interessante que alguns benefícios mudassem daqui para frente. Entre os destaques, está a mudança na forma como os colaboradores passam a encarar o trabalho remoto e o apoio psicológico que emerge como um dos novos auxílios ofertados pelas organizações.

 

TRABALHO REMOTO

A necessidade de promover o distanciamento social acelerou a adoção do trabalho remoto. Antes da pandemia, apenas 35% dos profissionais faziam home office, já depois do início dela, 95% tiveram a possibilidade de adotá-lo. Os colaboradores afirmaram que passarão a considerar o home office como um modo de trabalho e não mais como um benefício (opinião de 80% dos profissionais empregados e de 77% dos desempregados), e 11% dos entrevistados empregados ainda disseram que não aceitariam uma proposta de trabalho de uma empresa que não oferecesse trabalho remoto de maneira parcial ou integral. Por outro lado, entre os profissionais desempregados, a condição cai para 3%.

BENEFÍCIOS NA PANDEMIA

Para 67% dos colaboradores suas empresas fizeram boa gestão dos benefícios durante a pandemia e estão satisfeitos com os auxílios que recebem atualmente (75%). A maioria dos entrevistados (63%) não teve nenhum benefício suprimido. Já entre aqueles que tiveram algum corte, o vale-transporte aparece no topo da lista (19%).

 

A pesquisa ainda revela que benefícios tradicionais, como assistência médica, vale-alimentação e vale-refeição seguem sendo os mais valorizados pelos profissionais. Para 77,8%, o auxílio médico é considerado como o mais importante, sendo também o benefício mais disponibilizado pelos empregadores (85%).

 

Benefícios como aportes na previdência privada e auxílio financeiro para montar o home office não faziam parte da lista dos mais comuns oferecidos pelas empresas antes da pandemia, mas figuram entre os considerados como mais importantes pelos colaboradores. Estacionamento e vale-transporte – e outros referentes à locomoção para o trabalho –, no entanto, que estavam entre os mais oferecidos, não aparecem na lista dos mais desejados, conforme mostra a tabela abaixo:

 

Embora 59% tenha respondido que suas empresas não concederam novos auxílios com o início da pandemia, apoio psicológico lidera a lista de novos benefícios recebidos (14%), seguido por notebooks (11%). O auxílio financeiro para montar home office, antes oferecido a menos de 1% dos profissionais, passou a ser concedido a 8% dos entrevistados após a pandemia.

 

FUTURO

Após a pandemia, cerca de metade dos profissionais empregados (49%) acredita que o modelo de trabalho será “mais vezes em casa, do que no escritório”, seguido por “mais vezes no escritório, do que de casa” (23%). Entre os desempregados, quando perguntados sobre como gostariam que fosse o esquema de trabalho em um próximo emprego, existe uma similaridade entre “mais vezes em casa, do que escritório”, com 42%, e “mais vezes no escritório, do que de casa”, com 40%.

 

Imagem de abertura: Pixabay