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Gestão de Pessoas

16/06/2020 - 19h11

Empresas adaptam benefícios para atender às necessidades dos colaboradores

O home office torna-se uma realidade permanente em muitas delas

 

Com as discussões acerca da flexibilização da quarentena, empresas de todo o país passaram a avaliar como será esta retomada. Segundo uma pesquisa da consultoria Cushman & Wakefield, 74% das empresas brasileiras, aparentemente, devem adotar o home office como modelo definitivo de trabalho, pelo menos até o fim deste ano. Já a visão dos funcionários foi analisada pela Opinion Box, entre os dias 3 e 4 de junho e 32% disseram que gostariam de continuar trabalhando de casa todos os dias; apenas 12% preferem ir trabalhar todos os dias na empresa.

 

A startup de gestão de finanças pessoais Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, começou a trabalhar no modelo de home office em 17 de março e divulgou que permanecerá assim até o final do ano. De acordo com Carlos Terceiro, CEO da startup, a ida ao escritório após a retomada será opcional para cada colaborador.

 

Além disso, em relação aos benefícios, a verba que os funcionários recebiam de vale-transporte se transformou em uma ajuda de custo para os gastos do trabalho remoto (internet, energia, água), quanto aos vales alimentação e refeição, mensalmente os funcionários podem optar por qual percentual querem receber em cada um dos cartões.

 

Também a e-thinkers, empresa de gestão de e-commerce de marcas premium, adotou o home office permanente para os funcionários que prefiram trabalhar de casa. Por conta disso, o escritório que fica em São Paulo será reorganizado para otimizar o ambiente. Thiago Santos, CEO da e-thinkers, explica que a área de RH está estruturando um programa para flexibilizar também os benefícios recebidos pelos colaboradores, para que cada um opte por receber o que é mais necessário neste momento.

 

Pelos próximos meses, a adoção do home office e adaptação dos benefícios também já é uma realidade na startup curitibana HeroSpark, solução para empreendedores digitais. Nilson Filatieri, CEO da empresa, que conta com 160 colaboradores, diz que o modelo de home office irá garantir produtividade e flexibilização na agenda, além de segurança para os colaboradores. Para se adaptar ao período, a startup ofereceu uma ajuda de custo, aulas online de ginástica laboral, um mês de palestras relacionadas a saúde mental e plano de saúde e odontológico.

 

Na visão de Celson Hupfer, CEO da Connekt, plataforma inteligente de recrutamento digital, neste momento, as ações de RH são importantes tanto para treinar os funcionários e proporcionar uma rotina produtiva no trabalho a distância, como para demonstrar o valor de cada um para a companhia. "Segundo um estudo da FGV, os jovens têm mais dificuldade para manter uma rotina no regime home office, isso acontece devido às distrações e pode ser também um fator de idade. Este momento mostra a importância de treinamentos e ações que devem ser feitas nessa transição de formatos de trabalho", avalia.

 

Foto de abertura: Retha Ferguson/Pexels