Notícia

Gestão de Pessoas

28/09/2018 - 07h00

AIG Seguros promove painel sobre os desafios e caminhos para a diversidade e inclusão

Pelo segundo ano consecutivo, a AIG, uma das organizações líderes no mercado securitário internacional, promoveu um painel local para discutir a diversidade e inclusão, como parte do DIVE IN - Festival Internacional de Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros. Como patrocinadora global do evento, o painel "Os desafios do recrutamento da diversidade", que aconteceu na última quarta-feira (26), em São Paulo, foi um dos 28 eventos mundiais que a AIG promoveu durante o festival.
 
O debate contou com os painelistas convidados Carolina Ignarra, cadeirante há 18 anos e fundadora da Talento Incluir, consultoria de inclusão; Deives Rezende, superintendente de Ética e Ombudsman do Itaú Unibanco; Márcia Rocha, primeira transexual a ter direito ao uso do nome social no Cadastro Nacional dos Advogados da OAB e fundadora da ONG Trasempregos; Patrícia Molino, Líder de Inclusão e Diversidade na KPMG e vencedora da 1ª Edição do Prêmio CEBDS de Liderança Feminina e Igualdade de Gênero; Pedro Jaime, professor do Departamento de Administração do Centro Universitário FEI e autor do livro vencedor do Prêmio Jabuti "Executivos Negros: racismo e diversidade no mundo empresarial"; e Victor Martinez, pedagogo do Serviço de Qualificação e Inclusão da APAE DE SÃO PAULO.
 
Durante a conversa, os convidados contaram suas histórias de vida, superação e como o recrutamento inclusivo pode colaborar para a quebra do preconceito inconsciente, experiências dos colaboradores em um ambiente diverso e o desenvolvimento da própria empresa. "Precisamos enxergar a inclusão também sob o ponto de vista de negócios. Perspectivas, ideias e experiências diferentes nos trazem outros olhares e, com isso, conseguimos oferecer o melhor para as pessoas e aos nossos clientes", ressaltou Fábio Oliveira, CEO da AIG Brasil, na abertura do evento.
 
Ainda no cenário empresarial, Carolina Ignarra falou sobre a importância de empresas selecionarem os funcionários pelo perfil profissional e aptidões e não apenas para preencher cota. "Sempre pergunto às companhias: se um bom funcionário sofresse um acidente, tivesse sequelas e fosse preciso se adaptar a essa deficiência para mantê-lo no trabalho, você o demitiria ou o manteria? Se o manteria, por que não dar a oportunidade para outra pessoa com deficiência, mesmo que ainda não a conheça?", exemplificou.
 
Victor Martinez, da APAE DE SÃO PAULO, disse que a rotatividade de profissionais com deficiência intelectual em companhias é baixa e que, muitas vezes, faltam oportunidades não apenas de emprego, mas de capacitação. "Costumamos dizer que a APAE de São Paulo está cada vez mais vazia e isso é muito bom! Acreditamos que a pessoa com deficiência pode se desenvolver nos mesmos ambientes. Precisamos mudar a cultura de olhar o outro com diferença por causa de algum tipo de dificuldade", explicou.
 
Segundo o professor da FEI, Pedro Jaime, o problema do racismo é político-institucional. "Um exemplo é que o número de negros ocupando postos de direção no Brasil é muito menor que nos Estados Unidos. Isso se deve ao fato deste país ter implementado ações afirmativas para a inclusão dos negros no mercado de trabalho desde o final de 1960 que resultaram com o fim do sistema de segregação racial. Já o Brasil tem sido visto como uma democracia racial, um paraíso da convivência entre negros e brancos, sendo um país em que não existiria o racismo. Só mais recentemente essa imagem da nação brasileira sofreu abalos e o país passou a adotar políticas de ação afirmativa em favor da população negra".