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Diversidade & Inclusão

24/01/2022 - 11h27

Empresas ainda têm dificuldades na inclusão de pessoas com deficiência

Levantamento da Talento Incluir buscou medir o nível de maturidade inclusiva

 

 

A Talento Incluir, consultoria especializada em D&I (Diversidade e Inclusão), realizou um estudo para medir a maturidade inclusiva de 151 empresas que estão investindo em programas de Diversidade e Inclusão. Em uma escala de 0 a 100, a nota média de maturidade das empresas avaliadas atingiu 41 pontos. Do total de entrevistados, 78% relatam enfrentar obstáculos que atrapalham a evolução do tema nas empresas e apenas 21,85% afirmam que o tema flui com naturalidade.

 

Entre os entrevistados, 39,74% afirmam que as empresas onde trabalham têm diretrizes globais para trabalhar o tema Diversidade e Inclusão, 29,80% possuem diretrizes locais e 30,46% sequer têm diretrizes e, especificamente nesse caso, 80% estão abaixo da cota exigida por lei para contratação de pessoas com deficiência.

 

Com relação à inclusão de pessoas com deficiência, 63,19% dos respondentes afirmam não existir programas para essa finalidade nas empresas em que trabalham. Apenas 6,25% reconhecem que as empresas onde atuam realizam programa de inclusão de pessoas com deficiência que vão além da contratação. Para 88,9% as empresas nunca fizeram ou raramente fazem conscientização sobre o tema.

 

Somente 36,23% dos respondentes acreditam que os principais executivos e o CEO's estão engajados no tema de pessoas com deficiência; apenas 23,19% afirmam que o RH das empresas está preparado para realizar contratação de profissionais com deficiência e 47,83% apontam que os gestores estão despreparados para liderar um profissional com deficiência.

 

Entre as dificuldades apresentadas para a inclusão de profissionais com deficiência, o despreparo dos gestores para lidar com esses profissionais foi novamente enfatizado e é a principal dificuldade apontada (78,47%), seguida de falta de acessibilidade arquitetônica, tecnológica (69,44%), pouco preparo da área de RH (44,44%), pouca qualificação dos profissionais com deficiência (41,67%), restrição de áreas hierárquicas diferentes (31,94%) e foco exclusivo no cumprimento de cotas (29,17%), entre outros motivos apontados.

 

Sobre a atuação das empresas no desenvolvimento de carreira dos profissionais com deficiência, o estudo mostra que 34% acreditam que esses profissionais estão estagnados em suas carreiras. Além disso, 78,26% dos respondentes reconhecem que não há nas empresas um acompanhamento formal e periódico entre gestores e respectivos profissionais com deficiência. Apenas 5,07% afirmam ter programa de desenvolvimento e/ou capacitação para os profissionais com deficiência.

 

"O estudo retrata a realidade e os desafios que ainda percebemos no dia a dia das empresas que investem na ampliação da cultura de D&I. Os dados analisados expõem essa realidade e, dessa forma, alertam as empresas sobre a importância de estruturar programas mais completos, com diretrizes mais claras para atuarem no tema de forma produtiva, muito além de apenas contratar e cumprir a lei de cotas", conclui Carolina Ignarra, CEO da Talento Incluir.

 

Foto de abertura: Freepik/DC Studio