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Diversidade & Inclusão

19/11/2020 - 10h46

Faltam ações e protagonismo para promover efetivamente a diversidade nas empresas

Headhunter afirma que, infelizmente, inclusão ainda é utópica nas organizações

 

O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, se consolidou como uma importante data, não apenas para relembrar e reforçar a luta contra o preconceito racial e pela igualdade de direitos, como para reflexão sobre a questão da diversidade nos mais variados aspectos. Nas empresas, especialmente aquelas de maior porte, o assunto está sempre em pauta, no entanto, a realidade mostra que a inclusão, efetivamente e infelizmente, ainda carrega uma certa utopia, na avaliação do headhunter David Braga, CEO da Prime Talent, que já selecionou mais de 10 mil executivos de média e alta gestão para clientes em toda a América Latina.

 

Em resumo, ele argumenta que, mais do que cumprir quotas para garantir a diversidade, faltam ações para a evolução das carreiras, além de protagonismo individual, para, então, se conquistar uma mudança estrutural. Ou seja, as empresas precisam oferecer as melhores condições de sucesso, desde o processo seletivo, durante o dia a dia da corporação, até a conquista de posições mais estratégicas e cargos de liderança. Já os profissionais – homem, mulher, negro, branco, hetero, LGBT, PCD – têm que se diferenciar.

 

“É fundamental aprimorar, cada vez mais, competências, habilidades e repertório técnico nas áreas em que atuam para que possam competir no mercado e assumir escopo e posições de maior complexidade”, ressalta Braga.

 

Mas, de acordo com ele, na prática, isso ainda não acontece. De acordo com uma pesquisa feita pela própria Prime Talent, entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, apesar de tamanha relevância em se promover a inclusão nas organizações, cerca de 82% das grandes empresas não têm head de Diversidade.

 

“Por isso, o tema da igualdade deve ser tratado ao longo de todo o ano. Por um lado, as empresas precisam desenvolver áreas de recursos humanos que, de fato, orquestrem essa temática com maestria, contando com o engajamento dos presidentes e do Conselho de Administração. Por outro, todo o ecossistema precisa ser questionado e revisto, não apenas no ambiente corporativo, mas também dentro dos lares. É preciso um novo olhar para questionar o status quo e propor soluções diferentes”, conclui.

 

Foto de abertura: Pexels/Christina Morillo