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10/08/2022 - 15h41

Flexibilidade e interações humanas: a espinha dorsal do novo modelo de trabalho híbrido

O presencial ainda terá grandes desafios, ensinamentos e oportunidades, diz Marina Yabor, da Kimberly-Clark

 

 

 

Por Marina Yabor*

 

Nós, seres humanos, somos seres sociais por natureza. Hoje, apesar da velocidade vertiginosa da digitalização e do trabalho remoto, ainda existe aquela necessidade primordial de criar comunidade. A interação face a face está no centro do nosso bem-estar, e não é segredo que a troca puramente virtual não pode substituir a experiência de integração presencial com a equipe.

 

A cultura empresarial e as conexões humanas são chave para que uma organização prospere. Uma cultura organizacional sólida permite que os colaboradores se sintam engajados e trabalhem por objetivos em comum, o que leva a uma melhor comunicação e, consequentemente, torna o trabalho em equipe mais fluido. Embora consigamos trabalhar bem remotamente e nos mantermos conectados, as oportunidades de trabalhar presencialmente potencializam nossas habilidades, criando espaços para estarmos mais focados nas tarefas a serem realizadas e fomentando, entre outras coisas, a criatividade.

 

Esses dois anos foram tempos desafiadores, tanto para as organizações quanto para cada pessoa individualmente. Os colaboradores têm demonstrado resiliência frente às mudanças de hábitos e rotinas, aumentando a capacidade de reinvenção e adaptação, independentemente das circunstâncias. Do lado empresarial, reavaliamos as formas de trabalhar e consideramos muito mais as necessidades individuais das pessoas, de forma a promover espaços flexíveis, que impulsionem desempenho, rendimento e inovação, bem como encontrar um equilíbrio que nos permita viver plenamente e em harmonia todos os papéis que desempenhamos na vida.

 

A flexibilidade tem sido essencial para enfrentar estes tempos dinâmicos. Já vínhamos propondo iniciativas que permitiram que os funcionários adaptassem parte de sua jornada de trabalho, em prévio acordo com suas equipes e gestores. No Brasil, por exemplo, já tínhamos uma política de home office duas vezes por semana para os colaboradores do escritório, mesmo antes do período de pandemia. Com isso, nos adaptamos de forma muito rápida e fácil ao modelo.

 

Nessa nova fase, com o modelo de trabalho híbrido, apostamos em motivar as pessoas a encontrarem o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, para que possamos aprimorar nossa cultura, valores e novas formas de trabalhar. Combinar tarefas remotas e presenciais, é uma ótima alternativa de transição para o reencontro dos colaboradores com seus pares, mantendo suas funções com flexibilidade, mas, ao mesmo tempo, estando seguros, do ponto de vista da saúde, com a redução do número de pessoas no mesmo escritório.

 

A modalidade de escritório presencial continuará evoluindo, acelerando tendências que enfatizam a importância da colaboração e inovação para a produtividade dos colaboradores. Hoje, a vida profissional é uma folha em branco, pronta para absorver o potencial desse modelo flexível, permitindo compreender sua capacidade de maximizar a produtividade e, ao mesmo tempo, abraçar a natureza coletiva humana, fazendo da empatia uma experiência de aprendizado e, da interação humana, uma possibilidade de progresso constante.

 

O modelo presencial ainda terá grandes desafios, mas também grandes ensinamentos e oportunidades. Ele nunca mais será o mesmo e é por isso que se torna imperativo atender às novas necessidades dos colaboradores e do mundo, pois a mudança e o trabalho presencial devem ser feitos em paralelo. Continuaremos aprendendo nesta nova etapa e estamos dispostos a continuar ouvindo e entendendo as necessidades de nossos colaboradores para criar, passo a passo, o melhor modelo de trabalho.

 

 

 

* Marina Yabor é diretora de Talentos da Kimberly-Clark América Latina

 

 

Foto: Divulgação/Kimberly-Clark