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11/03/2022 - 16h00

Construindo a empresa que queremos ser

Frank Koja, da Kyndryl, comenta a criação da cultura empresarial de uma 'startup' de 90 mil funcionários

 

 

Por Frank Koja*

 

 

Quando soubemos que a área de serviços de infraestrutura da IBM passaria por um processo de spin-off e se tornaria uma companhia independente, eu fiquei muito feliz por ter a chance de pensar sobre a empresa que gostaríamos de construir. E não poderia fazer isso sozinho. Comecei as conversas com o meu time direto para entrarmos em consenso sobre um ponto fundamental: qual era a empresa que gostaríamos de construir juntos? Quais seriam as fortalezas dessa empresa, quais seriam as oportunidades e o seu foco? Essas eram perguntas fundamentais que precisaríamos responder para que de fato essa empresa nova, que estávamos dispostos a criar, obtivesse o sucesso que gostaríamos.

 

Mas não queria que essa discussão fosse exclusividade da liderança. Em toda a minha carreira, sempre acreditei e priorizei a força do coletivo, e essas discussões precisavam contar com o maior número de vozes possível. Então, partimos para o envolvimento de mais pessoas, com um convite aberto para todos os funcionários que quisessem trabalhar em grupos para focar em diferentes frentes de trabalho, as nossas squads.

 

Essa foi uma aposta no coletivo desde o momento zero. Uma aposta na escuta, em deixar as pessoas participarem, darem ideias e contribuírem com times e discussões que, muitas vezes, não tinham relação com a sua área de atuação.

 

A Kyndryl, nome que foi dado a essa nova empresa, opera de maneira totalmente independente desde novembro de 2021. Somos uma startup com mais de 90 mil funcionários e com uma base global de 4 mil clientes que desenha, projeta e gerencia os sistemas de missão crítica que fazem com que a economia global não pare. Ela já nasceu 100% digital ao ser criada em um momento de pandemia. Nesses anos de trabalho remoto, a distância física não poderia se transformar em uma distância emocional. Muito pelo contrário, precisávamos e ainda precisamos, de muita colaboração. E aqui o contato entre as pessoas, o olho no olho e a transparência são ingredientes fundamentais.  

 

Colaboração essa que, dentro das squads, foi combustível para muitas ideias que já viraram ações propostas e que tiveram reflexo em nossos resultados. Mais de cem pessoas seguem trabalhando nessas squads. E os resultados de nossa pesquisa de engajamento, que foi feita no final de 2021, mostrou um índice acima da nossa média de indústria e revelou o quão importante foi trabalhar em uma estrutura horizontal, que abre espaço para as pessoas.

 

E não podia ser diferente. Na Kyndryl, nós somos uma empresa de serviços de tecnologia centrada nas pessoas e entendemos que a cultura e os funcionários da empresa são a base do nosso sucesso. E em um ambiente de negócios em rápida mudança, onde as transformações digitais estão remodelando a indústria, também ficou claro que uma cultura enraizada no aprendizado contínuo e no desenvolvimento de habilidades era essencial.

 

Como a nossa cultura nos conecta

E eu tenho sido um defensor dessa cultura durante toda a minha carreira. Uma cultura ágil, centrada na força do coletivo e que privilegia a transparência, a conversa franca, o espaço para a vulnerabilidade e o contínuo desenvolvimento.

 

As pessoas estão no centro de tudo o que fazemos. Nossos funcionários são aqueles que aparecem na frente de nossos clientes todos os dias. Eles estão ajudando nossos clientes a resolver desafios tecnológicos críticos, como manter a continuidade dos negócios, reduzir o risco operacional, aprimorar a eficiência operacional e impulsionar a transformação.

 

Por isso que hoje, quando falamos sobre a nossa forma de ser, o que chamamos de The Kyndryl Way, pensamos em colaboração, responsabilidade mútua e excelência para uma verdadeira cultura de serviços, porque essa cultura exige que nós, os kyndryls, sejamos inquietos, empáticos e dedicados ao sucesso dos nossos clientes.

 

Ainda estamos aprendendo e nem sempre será fácil. Nossa cultura segue em construção, assim como a nossa empresa no mundo e no Brasil. Mas se agirmos como uma equipe coesa em torno de nossos principais pilares culturais, teremos a oportunidade de fazer algo incrível juntos para ajudar empresas de todo o país em sua transformação digital.

 

*Frank Koja é diretor geral da Kyndryl Brasil

 

Imagem de abertura: Divulgação/Kyndryl