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09/12/2020 - 11h07

Bandeira branca, amor! Eu peço paz…

No último artigo do ano, o executivo de RH Marcelo Madarász fala de propósito de vida e paz

 

 

 

Por Marcelo Madarász*

 

Dezembro de 2020, e muito se escuta a respeito do ano que trouxe tantos desafios incluindo a urgente necessidade de aprendermos a lidar com o desconhecido. Muitas pessoas espantadas com o fato de que o ano praticamente acabou e, para boa parte da população, um sentimento de que neste ano os dias, meses, estações do ano perderam sua identidade.

 

A pandemia mexeu com a vida de todos e, de um dia para o outro, nossas listas de prioridades haviam perdido o sentido, pois outras muito mais urgentes estavam relacionadas à sobrevivência. O desconhecido, que inicialmente trouxe à tona nossos mais ancestrais temores, incluindo o de nossa finitude e das pessoas que amamos, ganhou contornos cada vez mais assustadores para uns, negação para outros, rebeldia, inconformismo, descrença.

 

Cada um lidando com suas questões da melhor forma possível. Tivemos que aprender novos conceitos, muitos vindos da área médica, mas também da psicologia, da estatística, da política. Os países passaram por restrições extremas, lock down, fechamento de comércio, novas regras de convivência. Bandeiras vermelhas, laranjas, amarelas, verdes, azuis dependendo do país, do estado, do município. O ser humano ameaçado, tendo que lidar com as angústias inerentes à jornada humana.

 

Não podemos exatamente dizer que a vida que levávamos antes da pandemia era normal, dado que esse normal incluía índices assustadores de ansiedade, depressão, burnout, suicídio, desemprego, violência em todas as suas terríveis variações, mas, frente ao pânico do desconhecido, o que muitos mais queriam era voltar para a “vida normal”, aquela com a qual, de uma forma ou de outra, já estávamos acostumados. Passamos a incorporar a expressão “novo normal “e a nos questionarmos o que seria ou o que será esse novo normal.

 

Em momentos tão absolutamente estreitos e desafiadores como este, o ser humano consegue invocar ou o seu pior ou o seu melhor. Tivemos e continuamos tendo, várias demonstrações disso: políticos e outras categorias de pessoas que esqueceram o que é ética (se é que um dia conheceram algo para eles tão abstrato), movimentos oportunistas, fake news, puxadas de tapete, corrupção sistêmica e outras aberrações (algumas quase inomináveis). A lista seria enorme, mas tivemos também maravilhosas demonstrações de generosidade, compaixão, solidariedade e mobilizações ao redor do mundo para tentar diminuir um pouco o sofrimento de muitos que estavam, e infelizmente ainda estão, em condições de extrema necessidade.

 

O show de horror que se descortina em nosso cotidiano inclui beligerância explícita ou encoberta: desde agressões sutis dentro dos lares, violência moral, sexual, racial até assassinatos infinitamente repetidos nas telas de celulares, TVs, redes sociais. O mundo se estreitando ainda mais e multidões, de alguma forma, alimentando essa energia destrutiva.

 

A exemplo do trecho de uma marchinha de Carnaval, e usando a metáfora das bandeiras, é mais do que oportuno, é obrigatório e urgente que o ser humano clame por bandeira branca! Vamos vibrar, ser e fazer a paz com a qual sonhamos e que se faz tão necessária para a sobrevivência de nossa espécie.

 

Não apenas neste último mês de um ano particularmente desafiador, que se encerra com as festas de celebração de início de um ano novo, mas sempre vamos levantar essa bandeira branca da paz e fazê-lo nos conectando com algo maior, com o nosso Propósito de Vida, aquilo que dá significado à nossa existência, salvaguardando nossa lucidez, trazendo serenidade para nossas mentes e corações, meditando, vibrando pelo bem coletivo de toda a humanidade, invocando nosso melhor, vibrando pela harmonia e paz entre os povos, invocando o amor, a regeneração e a evolução de nossa espécie e do nosso planeta!

 

Desejo a todos, muito amor, o olhar de apreciação e compaixão e um ano novo abençoado! Gratidão por tudo que temos e muita luz!

 

*Marcelo Madarász é diretor de RH para América Latina da Parker Hannifin

 

Foto de abertura: Marcos Suguio