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28/09/2020 - 17h01

A materialização da cultura ética

Em artigo exclusivo, Renata Bertele, executiva da Ypê, fala do programa de conformidade implementado na empresa

 

 

Por Renata Bertele*

 

Sistematizar as diretrizes de governança em uma companhia com décadas de história pode ser muito mais desafiador do que implementá-las desde o início. Organizações passam por mudanças e reorganizações de rota ao longo de sua trajetória, por estratégia, exigências e necessidades geradas por agentes internos e externos.

 

No entanto, mesmo com as mudanças muitas empresas não abrem mão daquilo que lhes é genuíno, que é a base de construção de sua longa história: seus valores. Esse é o caso da Ypê, marca líder em várias categorias no segmento de limpeza, que se transformou ao longo das décadas sem abrir mão de sua essência. E assim, após dois anos de intenso foco em olhar para suas práticas de governança e compliance, as reuniu em um Programa de Conformidade alicerçado em seus valores.

 

A concretização desse trabalho acontece no ano em que a empresa completa 70 anos e no momento em que adere ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, passando a integrar um seleto grupo voluntariamente comprometido em promover um mercado mais ético.

 

As empresas signatárias se comprometem a divulgar a legislação anticorrupção a funcionários e stakeholders e a se empenhar para impedir qualquer forma de corrupção. Também garantem que vão promover os valores de integridade e transparência na cadeia produtiva, primar pela prestação de informações e, se necessário, colaborar em investigações.

 

A adesão ao pacto materializa as práticas de integridade vigentes há décadas e que hoje estão consolidadas em políticas e procedimentos que compõem um programa fundamentado no respeito aos valores da empresa. Esses valores, inclusive, estão inscritos no centro da mandala que o representa: simplicidade, humildade, comprometimento e disciplina, trabalho e honestidade, atitude e senso de dono, qualidade e responsabilidade.

 

Os compromissos assumidos com o pacto, enfim, vão ao encontro das práticas da Ypê e materializam uma cultura de estímulo à honestidade, transparência, sustentabilidade, conformidade legal e equidade.

 

Apesar de ser uma companhia de capital fechado, a Ypê opta por atuar com os mesmos padrões rígidos e exigências de companhias abertas. Por isso, nessa intensa e enriquecedora jornada vivenciada ao longo dos últimos dois anos, a área de GRC (Governança, Riscos e Conformidade) atuou em conjunto com as demais áreas na elaboração e na revisão de políticas e procedimentos relacionados ao Programa de Conformidade, melhorou processos do Canal de Ética, revisou a matriz de riscos e estabeleceu processos para monitorar que tudo que esteja previsto no Programa de fato aconteça. Isso sem falar no nível de engajamento que culminou em 100% de participação dos colaboradores nos treinamentos dados por GRC.

 

E, para garantir que os padrões estabelecidos pela companhia sejam vivenciados em sua plenitude no dia a dia pelos colaboradores, a Ypê conta com esse engajamento. Um dos pontos altos do programa foi a eleição dos guardiões dos padrões éticos e de governança, que internamente são chamados de Agentes de Conformidade.

 

Eles são o elo entre as unidades, espalhadas em São Paulo, Goiás e Bahia, e a área de Conformidade. Voluntários, eles tiveram seus currículos analisados antes de assumirem a função. A área de Conformidade está em constante contato com eles para pedir apoio no desdobramento de treinamentos aos cerca de 6 mil funcionários e entender contextos quando há conhecimento de denúncias feitas via Canal de Ética. Tudo isso sem dispensar o benchmarking das melhores práticas de compliance no mundo e contar com o apoio de consultorias reconhecidas internacionalmente, como a Delloite e a KPMG.

 

E a Ypê não pretende parar por aqui. Depois de aderir ao pacto capitaneado pelo Instituto Ethos, a empresa continuará nessa jornada por um futuro cada vez mais ético. Não é à toa que o programa é representado pela figura de uma mandala, símbolo universal de integração e harmonia. O envolvimento, comprometimento e a sinergia entre colaboradores são fundamentais para que as diretrizes presentes nele se concretizem no dia a dia.

 

*Renata Bertele é diretora executiva de Governança, Riscos e Conformidade da Ypê

 

Foto de abertura: Mario Miranda Filho/Agencia Foto