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21/01/2019 - 09h00

Empreendedor 4.0: os desafios de uma nova geração

Por Flávio Vinte*
 
A nova revolução industrial é caracterizada pela conectividade dos aparelhos, pelas comunicações móveis, redes sociais e inteligência artificial. Trata-se de uma era em que as barreiras entre o mundo físico e o digital são praticamente inexistentes, e o consumidor está sempre conectado. Conhecer a fundo esse mercado e saber como agir nesse momento de constante mudança é o que irá diferenciar o empreendedor 4.0.
 
Ao longo dos anos, o empreendedorismo também tem se transformado com os avanços tecnológicos. E, estar conectado a essas mudanças é imprescindível para quem quer entrar neste mundo, onde tudo deve ser realizado com excelência e velocidade, pois o cliente está cada vez mais exigente, vigilante e participativo.
 
O mercado está saturado dos mesmos serviços, produtos e comportamentos, por isso, trazer novas visões e soluções é indispensável para se destacar. Já que a inovação anda em conjunto com o empreendedorismo. E, é nesse quesito que a nova geração vem se destacando.
 
Os millennials, por exemplo, nascidos entre 1980 e 1996, já possuem, de certa forma, uma vantagem dentro do mercado 4.0, pois já chegaram ao mundo em meio à aceleração e às novas tecnologia.
 
A aproximação dessa nova geração com o empreendedorismo, promovida pela tecnologia, é reforçada pela pesquisa feita pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), do Sebrae/IBQP, que revela o novo perfil do empreendedor no país. Ela aponta que, no ano passado, a participação de pessoas entre 18 e 34 anos no total de empreendedores em fase inicial cresceu de 50% para 57%. Isso significa que são 15,7 milhões de jovens buscando informações para abrir um negócio ou com uma empresa em atividade no período de até três anos e meio.
 
Um nicho de mercado que demonstra esse crescimento são as startups. Segundo informações da mesma pesquisa, 72% das startups brasileiras são comandadas por jovens entre 25 e 40 anos. Outro dado divulgado pelo estudo foi de que o País tem aproximadamente 6 mil startups, sendo que esse número praticamente dobrou nos últimos seis anos.
 
O que explica esse interesse dos jovens empreendedores por tipos de negócios como startups é o ambiente descontraído e inovador, a liberdade para criar e impactar nas estratégias, e a possibilidade de desenvolver serviços produzidos por bases tecnológicas, caracterizado pela inovação e desenvolvido a custos menores e processos mais ágeis.
 
Isso reforça como a facilidade com a tecnologia é um ponto forte dessa geração e, por isso, pode ser uma grande aliada. Sobretudo, com a quarta revolução industrial, que converge processos e envolve diversas áreas, como design, fabricação, serviço pós-venda, satisfação do cliente e outros. Dessa forma, estar por dentro de todos esses processos que estão moldando o mercado e o comportamento dos consumidores é essencial e um dos principais desafios da era 4.0, já que tudo se modifica o tempo todo.
 
*Flávio Vinte é empreendedor, mentor e consultor de liderança