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21/10/2018 - 09h00

Recursos Humanos e Transformação Digital: é hora de assumir o protagonismo

Por Armando Ribeiro*
 
Não é novidade nenhuma dizer que a transformação digital está impulsionando mudanças não somente na vida das pessoas, mas também nos negócios. A rotina das empresas e as relações entre colaboradores, clientes e mercado em geral mudaram significativamente e o mundo vê cada vez mais perto uma quarta revolução industrial baseada em novas tecnologias, conectividade e automação.  
 
Na área de Recursos Humanos não é diferente. A visão de que os profissionais da área são responsáveis apenas por tarefas burocráticas e operacionais não condiz mais com a realidade. A maioria dos processos da área já podem ser otimizados com o uso de tecnologias e essa atitude tem o potencial de reduzir consideravelmente os custos para as empresas e fazer com que o profissional de RH assuma um papel fundamental na modernização do setor.
 
Um dos grandes desafios dos líderes é desenvolver talentos, engajar os colaboradores e otimizar processos. Em linhas gerais, o objetivo é ser estratégico, afinal, assim as empresas ganham vantagem competitiva e se destacam no mercado.
 
Uma vez à frente desse processo, o profissional de RH está vendo a tecnologia otimizar suas tarefas do dia a dia e trazer maior eficácia a esses processos, que por sua vez foram automatizados. Esses avanços contribuem para que as organizações amadureçam e sejam mais transparentes com seus colaboradores, mantendo o foco apenas em seus objetivos.
 
Toda essa transformação tem diminuído os esforços que são direcionados às tarefas extremamente operacionais e administrativas. No RH moderno, o tempo dos colaboradores é usado para estruturar processos internos que gerem maior valor para a empresa. Nesse sentido, os líderes têm se movimentado para se especializar cada vez mais em gerir pessoas, afinal a tecnologia não substitui o valor do toque humano.
 
No entanto, cada vez mais, os profissionais precisam encontrar um equilíbrio entre realizar as tarefas burocráticas com eficácia e focar na estratégia. Ou seja, eles precisam estar prontos para lidar com todas essas inovações.
 
Hoje é imprescindível que esses profissionais pensem de forma ágil e atuem de uma forma mais consultiva dentro das companhias. Foi-se a época em que o RH deixou de ser um simples departamento pessoal, chegamos à Era das Pessoas, onde a preocupação não é só com a produtividade, mas sim em desenvolver todo o potencial criativo e estratégico de seus colaboradores.
 
Em meio a esse cenário, surge a oportunidade para o profissional de RH se posicionar como protagonista da transformação digital, ajudando líderes e colaboradores a se adaptarem a uma mentalidade digital que favoreça as mudanças, mas sem abrir mão da experiência coletiva das equipes e da aderência à cultura de cada organização.
 
O fato é que as tecnologias, por si só, não resolvem todas as demandas do RH. Além das inovações, é preciso que o profissional esteja atento às mudanças do setor e se reinvente a fim de assumir o protagonismo dessa transformação. Essa mudança é excelente para o mercado que por anos enxergou o RH apenas como um setor operacional. Por fim, vale lembrar que essa evolução não é excludente e sim cumulativa.
 
*Armando Ribeiro é CEO do Pagga, empresa de tecnologia de pagamentos com soluções automatizadas e inovadoras que facilitam os processos do RH