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02/05/2018 - 10h00

A performance do seu funcionário é um reflexo do seu feedback

Por Juliane Yamaoka*
 
Cada vez mais exigimos dos nossos funcionários melhor performance e resultados positivos. Claro, o mercado exige que as empresas sejam cada vez mais competitivas. Mas como estamos ajudando nossos colaboradores a melhorar seu desempenho? As avaliações de desempenho o e os feedbacks estão cumprindo seu papel de ajudar profissionais a aperfeiçoarem suas habilidades? Se a resposta para essa última pergunta for negativa, é hora de rever o processo dentro da sua empresa.
 
Existem dezenas de estudos que comprovam a importância e os benefícios de oferecer um feedback honesto e com fundamento. Ele aumenta o engajamento dos funcionários, ajuda a reduzir o turnover, melhora a retenção de talentos e até contribui para os resultados do negócio. A performance é um fator que depende de como você entrega um feedback para seu funcionário, pois é esse processo que ajuda o colaborador a reconhecer suas falhar e encontrar maneiras de corrigi-las.
 
As organizações, em geral, têm uma grande necessidade de reformular o processo de avaliação de desempenho e entrega de feedback para que ambos contribuam para a aumento da performance dos funcionários e melhora dos resultados da empresa. Isso porque o perfil dos funcionários mudou, assim como seus desejos, expectativas e propósitos. Portanto, para que o feedback seja assertivo, precisamos não só mudar a forma que o entregamos como também precisamos conhecer melhor o perfil de cada colaborador da empresa.
 
É um desafio reverter a cultura de aversão ao feedback que se instalou no mercado. O ponto de partida é entender a raiz desse problema. Um dos principais motivos para que gestores e funcionários passarem a detestar o feedback é a forma como as avaliações de desempenho são realizadas e falta de assertividade dos líderes ao dar o feedback. Os modelos tradicionais já não funcionam mais, as organizações precisam de mais. E as novas gerações, principalmente os Millennials, têm forçado as grandes organizações a redesenharem seus processos internos e entregarem uma experiência do funcionário mais satisfatória.
 
O feedback precisa ser mais humano. Já passou o tempo em que era aceitável tratar o colaborador como um número. Hoje falamos muito do capital humano, que é o bem mais precioso de uma empresa. Isso significa que é hora de tratar as pessoas como pessoas, que tem sentimentos, desejos, perspectivas. Com isso, entendemos que, no feedback, é importante levar em conta o histórico e perfil do funcionário, alinhar com seus objetivos profissionais e expectativas relacionadas à empresa e ajudá-lo de alguma forma a alcançar esses objetivos.
 
O feedback não pode servir apenas como um momento para dizer tudo o que tem de errado com determinado funcionário e mandá-lo de volta ao trabalho. É importante dar sugestões e exemplos de como ele pode se comportar dali para frente e o que ele deve fazer para melhorar sua performance. Dê diversas opções para que o funcionário se sinta livre para escolher a que ele considera melhor, isso contribui com o empoderamento desse profissional.
 
*Juliane Yamaoka é gerente geral da Efix