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21/08/2017 - 10h00

Para treinar e desenvolver, o RH precisa usar a tecnologia

Por Juliane Yamaoka*

 

Hoje, 83% dos executivos classificam carreira e aprendizado como questões importantes ou muito importantes. A informação é do estudo Global Human Capital Trends 2017, da Deloitte, feita com mais de 10.400 líderes de negócios e RH de 140 países, incluindo o Brasil. No país, 86% dos entrevistados classificaram carreira e aprendizado como questões importantes ou muito importantes.

 

De acordo com o estudo, as mudanças no conceito de carreira estão pressionando as empresas para entregar experiências diferenciadas de aprendizado, dando aos funcionários a possibilidade de construir conhecimento de maneira rápida, fácil e em seus próprios termos. Organizações líderes no mercado também estão contando com o RH para ajudar os funcionários a crescer e se superar por meio de tecnologias de aprendizado em constante evolução.

 

O aprendizado é uma exigência cada vez maior dos próprios funcionários, que estão pressionando as empresas pelo desenvolvimento de habilidades e, principalmente, por carreiras mais dinâmicas. Entre os millennials, é ainda maior a valorização da possibilidade de aprender e crescer dentro da empresa, porém, apenas 33% consideram que as organizações estão usando bem suas capacidades.

 

Esse cenário está mudando segundo a pesquisa da Deloitte. Hoje 83% das organizações estão apostando em um modelo de carreira aberto e flexível, em que os funcionários podem se engajar em diferentes projetos e experiências em vez de esperar progredir em uma carreira estática, algo que pode levar anos.

 

Para lidar com essa mudança, as empresas estão investindo em sistemas de aprendizado, gerando alterações significativas nos programas de treinamento e desenvolvimento, que estão se convertendo em ferramentas estratégicas. Para agilizar a criação e o lançamento de novos produtos e soluções, as empresas buscam criar times cross funcionais, juntando disciplinas como vendas, marketing, design, finanças, logística e TI.

 

O objetivo é criar um ambiente de aprendizado adaptado à mobilidade que os funcionários desejam, com o desenvolvimento de capacidades interdisciplinares. Ou seja, a tendência é que os programas de treinamento acabem funcionando como um incentivo para que os funcionários não fiquem presos a uma única função ou área de conhecimento e possam se dedicar a diferentes projetos.

 

Essa estruturação baseada em grupos de trabalho, um novo tipo de organização menos hierárquica, é um dos principais resultados das exigências dos funcionários por carreiras mais dinâmicas, e oferece uma série de vantagens, como maior velocidade nos processos de resposta e tomada de decisão, responsável pelo desenvolvimento mais rápido de novos produtos e soluções.

 

Implementar uma estrutura de carreira dinâmica na empresa não é uma tarefa fácil ou rápida, mas ajuda organizações e funcionários a ver o que pode ser feito em relação aos objetivos organizacionais da empresa e aos objetivos individuais de cada colaborador, que não necessariamente incluem uma promoção a coordenador ou gerente.

 

Os programas de treinamento modernos e os sistemas de aprendizado ajudam a dar suporte a um ambiente em que os planos de carreira não são necessariamente uma linha reta (ou uma escada), eles podem envolver movimentos laterais e até mesmo múltiplas linhas ao mesmo tempo. Para isso, é preciso que os funcionários estejam preparados e tenham à disposição o máximo de oportunidades possível de se aprimorar.

 

*Juliane Yamaoka é gerente geral da Efix