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09/03/2017 - 10h00

77% das executivas dizem que há desigualdade entre gêneros na liderança das empresas

A grande maioria das mulheres (77%) acredita que a quantidade de homens e mulheres na liderança de suas empresas não é equilibrada. No geral, elas consideram que as oportunidades de crescimento na carreira não são equivalentes para homens e mulheres: 75% apontaram que os níveis de remuneração para um mesmo job description e responsabilidades não são equivalentes entre os gêneros e 64% acreditam que o esforço necessário para se atingir altos níveis de cargos de liderança não é equivalente entre os gêneros.

 

Os números são de levantamento realizado pela Saint Paul Escola de Negócios, referência nacional em educação executiva, com 146 executivas na semana do Dia Internacional da Mulher.

 

Quando questionadas sobre ‘Educação e Carreira’, 59% das mulheres respondentes acreditam que para alcançar níveis similares de desenvolvimento precisam estudar mais do que os homens.

 

“73% das respondentes possuem pós-graduação latu ou stricto sensu. Apenas 3% não têm curso superior completo. Esse é um forte indício da importância atribuída à educação formal. 95% das mulheres respondentes acreditam que a educação é importante para o seu desenvolvimento na carreira. Além disso, 79% delas acreditam seja importante à existência de programas de educação formal voltados à mulher executiva, que leve em consideração as especificidades e empecilhos na carreira feminina”, destaca Bruna Losada, responsável pelo estudo e Coordenadora Acadêmica e de Pesquisa da Saint Paul Escola de Negócios.

 

Na opinião das respondentes, os fatores mais valorizados para a evolução na carreira são afinidades pessoais e relacionamento interpessoal, conhecimento sobre o negócio, desempenho, competência técnica. Os fatores menos valorizados são tempo na empresa e idade. Um ponto de atenção foi em relação ao assédio: 63% das respondentes indicaram que já sofreram algum tipo de assédio moral ou algum tipo de violência física ou psicológica relacionado a gênero que limitasse o seu crescimento profissional.

 

No que se refere a empoderamento, 55% das respondentes têm a percepção de que o nível de empoderamento de homens e mulheres é similar nas organizações. “35% acreditam que esse nível é desigual. Enquanto 10% das respondentes apresentam respostas neutras a esse respeito. Observa-se assim, uma maior falta de consenso entre as respondentes nesse quesito. O empoderamento definido na pesquisa se refere a: igualdade na relevância das opiniões por superiores, pares e liderados; autonomia na tomada de decisões; inclusão na alta administração; incentivos para o desenvolvimento de competências de liderança”, ressaltou a Coordenadora.

 

Na opinião das respondentes, os fatores mais importantes para que se obtenha sucesso e felicidade na vida são: vida familiar e filhos, crescimento profissional e aprendizado contínuo. Os menos importantes são: atividades sociais voluntárias, religiosidade e práticas de esporte e saúde.

 

Perfil das respondentes

- Amostra: 146 mulheres executivas.

- 61% delas entre 30 e 50 anos de idade; 32% delas com até 30 anos e; 7% com mais de 50 anos de idade.

- 47% casadas, 44% solteiras, 9% divorciadas.

- 46% com renda mensal até 10 salários mínimos; 33% entre 11 e 20 salários mínimos e; 21% acima de 21 salários mínimos.

- 83% das mulheres casadas contribuem com 25% a 75% da renda de suas famílias. 13% contribuem com 100% da renda familiar. 4% contribuem com menos de 10% da renda familiar.

- 37% com até 10 anos de experiência profissional, 35% com experiência de 11 a 20 anos, 28% com mais de 21 anos.