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02/06/2017 - 10h00

Marketplaces de serviços movimentam economia do País

Por Eduardo L'Hotellier*

 

Em tempo de crise econômica é preciso se reinventar para garantir uma renda estável e o sustento da família. Se os modelos de trabalho tradicionais passaram a demonstrar certa instabilidade, colocando em risco carreiras já estabilizadas, o setor de prestação de serviços vem crescendo rapidamente no país e desponta como a salvação para o bolso de muitos brasileiros, impulsionado pelo surgimento de plataformas digitais que conectam prestadores de serviços aos clientes, em tem real.

 

Podemos dizer que o Brasil é um dos países com maior potencial para desenvolvimento do mercado de prestação de serviços, uma tendência que segue crescendo em todo o mundo. Boa parte deve-se ao fato de termos uma mão de obra qualificada oferecendo uma variedade ampla de serviços. Em outros países mais desenvolvidos é mais comum ver cada cidadão executando tudo sozinho, ao consertar os próprios pertences, montar móveis ou limpar a casa. Esse fato é motivado pelos altos valores cobrados para contratação de profissionais especializados, tal como ocorre nos EUA e Europa.

 

Em meados de 2016, o número de trabalhadores informais chegou a 10 milhões e continua crescendo, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, compilados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Esse valor representou um aumento de 30% em relação ao início do mesmo ano.

 

Aproveitando esse potencial, o mercado brasileiro já tem começado a explorar melhor essa gama de profissionais liberais disponíveis. Nesse cenário, a tecnologia tem um papel importante ao atuar como o grande facilitador para que profissionais consigam encontrar clientes mais facilmente e, consequentemente, colaborado para que mais pessoas consigam garantir trabalho e renda estável.

 

Foi a partir dessa oportunidade que surgiram há alguns anos os marketplaces da área de serviços, que são os aplicativos e plataformas digitais que estão mudando a cultura na contratação de serviços e a forma como as pessoas se relacionam com a tecnologia e a utilizam para facilitar atividades do dia a dia. Nesse grupo, podemos incluir o GetNinjas, Uber, Airbnb, Viva Real, Loggi e outras empresas brasileiras e internacionais líderes em seus segmentos.

 

Com isso, vemos que há um grande potencial para ser explorado e desenvolvido no Brasil. Vendo pelo lado do GetNinjas, é possível dizer que estamos apenas arranhando a superfície de um mercado que vale R$ 2 bilhões. As oportunidades são extremamente altas para quem quer investir nesse segmento e o mercado está favorecido. Além disso, o desenvolvimento desse setor pode garantir uma saída estratégica para o período crítico pelo qual estamos atravessando no país.

 

*Eduardo L'Hotellier é CEO e fundador do GetNinjas